sábado, 1 de março de 2008

A caçadora de histórias

Assim como O caçador de pipas, também tenho lembranças da minha infancia... Acho que todo mundo tem as suas, boas ou más ou ambas. Sempre achei que a infancia acreana, era uma infancia alimentada por histórias. Quem é acreano tem sempre algum parente, um avô, tio- avô seringueiro. E os seringueiros são os melhores contadores de histórias. Escutava as histórias do meu avô (q foi seringueiro) muito atenta, ele sempre foi um homem sério era quando ele contava suas histórias que eu, meus irmãos e meus primos podiamos escutá-lo. Ele sempre tinha uma lembrança pra contar. E era herói na maioria das suas aventuras.
Quando terminei de ler o livro O caçador de pipas ontem, fiquei com o livro sobre o peito e enxuquei as lágrimas, fiquei me perguntando se um dia eu conseguiria fazer alguém ter sentimentos tão fortes com uma historia como tive com o a vida de Amir e Hassan. Por vezes pareceu que suas lembranças eram minhas também, e cheguei a sentir saudade da velha Cabul, chorei com mortes importantes e sofri o silêncio de Sohrab. Nossa como sofri o seu silêncio. E olhem q eu nem sabia q esse sentimento existia. Então pensei em khaled Hosseini... me perguntei quem havia ouvido pela primeira vez essa história e me perguntei também se meu avô tivesse escrito as dele, eu me orgulharia de ter sido a primeira a escuta-la. E me perguntei se eu mesma tivesse uma história tão boa pra quem eu iria contar primeiro.
Que bom que Hosseini dividiu sua história com a gente. Que bom que as pessoas compartinham suas histórias. Eu queria escutar todas elas uma a uma e é por isso que eu leio livros e vejo filmes. Porque eu amo histórias e quero aprender a dividir também.
Então, conselho caro leitor: escreva sua história, eu escreverei a minha e um dia vou poder compartilha-la com vc. Enquanto isso faço como o meu avô, conto a alguém especial e que eu amo muito. E leio muitas histórias...quantas der pra ler...